sexta-feira, dezembro 29, 2006

Feliz 2007!

Por mais que em alguns momentos dele eu não tenha me dado conta, 2006 foi um ano positivo, principalmente no sentido de ter preparado o terreno para 2007, outros 365 dias que podem se transformar no que eu quiser. Terminei minha pós-graduação, o que despertou em mim os planos e possibilidades de dar continuidade ao meu projeto em um mestrado, mudei duas vezes de emprego, o que abriu meus olhos para o bom currículo que nem eu acreditava ter, me revelou as minhas limitações, os meus pontos fracos, a amplitude e a causa de algumas das minhas angústias. Abandonei momentaneamente a ioga (mas já estou voltando) e deitei no divã (uma das melhores decisões do ano). Conheci e reconheci pessoas decisivas, que me apoiaram em períodos cruciais, ajudaram a abrir meus olhos, minha mente, minha alma e meu coração. E também estou dando a oportunidade de eu mesma me conhecer melhor.

É engraçado isso. De repente, ao completar 26 anos de idade você se dá conta de que faltam apenas quatro para os trinta e você pira. Preocupações que nunca havia tido antes se instalam na sua cabeça. Será que vou saber envelhecer? Será que estou preparada para o que o futuro me reserva? Será que já não está tarde demais para colocar em prática tudo o que adiei até agora? Se descobre confusa e perdida em meio a tantos estímulos. De um lado, as amigas na sua faixa de idade e algumas até mais novas que começam a casar, sua avó que te olha firme nos olhos e diz que não quer morrer e deixar sua neta (eu mesma) solteira (vê se pode?!), de outro o mundo que te espera lá fora, todo seu, repleto de caminhos a serem percorridos, só ou acompanhada (espero que seja com você, meu amor!), meu sonho de morar sozinha (que descobri que ainda não se realizou por puro auto-boicote), minha vontade de dar a volta ao mundo em 180 dias... ou mais, a saudade que sinto de tudo que ainda não conheço, que não me foi apresentado, dos objetivos que ainda vou alcançar.

Dois mil e seis foi um dos anos mais ansiosos para mim. O melhor exemplo disso é a tentativa frustrada de fazer tudo, e tudo ao mesmo tempo e por isso a dificuldade de terminar algumas atividades. Por que é tão complicado fazer uma coisa de cada vez, construir o futuro no presente e parar de achar que a felicidade, o sucesso, os melhores momentos da sua vida estão por vir ou já fazem parte do passado? Por que a ilusão de achar que não temos essas respostas se as temos? Por que não sabemos aplicá-las no dia-a-dia?

Nos próximos 365 dias que se aproximam, desejo para quem ainda não aprendeu a transformar teoria em prática, como eu, que descubra a forma mais tranqüila, e para quem já conhece a fórmula mágica, que não a perca e dê a quem ainda está na busca, as dicas para se encontrar os melhores caminhos. Desejo cooperação no lugar de competição, desejo amor e paz em vez de raiva, ódio, guerra e violência, desejo alternativas viáveis e saudáveis para quem está perdido, desejo ar puro e limpo para que a gente possa respirar fundo, se acalmar e tomar as decisões mais sensatas.

Feliz 2007!

segunda-feira, dezembro 11, 2006

braço direito

Era uma vez uma tarde, um menino e um olhar.
A tarde chegou para lançar novidades e abrir novas possibilidades.
O menino, apresentado com a promessa de ser meu “braço direito” veio para mudar a minha vida, não só profissionalmente, e o olhar, na primeira impressão, só veio para assustar.
A tarde se multiplicou em dias e algumas madrugadas em claro.
A promessa do “braço direito” se cumpriu, para depois virar cúmplice, amante...
O olhar abandonou a expressão de preguiça, carrancuda, mal-humorada e aos poucos se abriu, sorriu e brilhou pra mim. Mas confesso que aquele tipão todo sempre teve seu charme. Às vezes aquela expressão volta, devagar ou a toda, mas basta um carinho ou uma brincadeira mais ousada para o olhar escondido do menino levado voltar a se revelar.
O olhar do menino é grande e foi feito para ser beijado. O menino também é grande e quente e presente, tanto e de tal forma que mesmo estando longe, eu posso sentir.
À moça, que teve a sorte dessa descoberta, é necessário menos cobrança, mais leveza, para mostrar a esse menino-homem o tamanho do seu amor e a vontade de compartilhar tudo, seja alegria ou dor, de viver cada segundo, longe ou perto, de aprender a se comunicar melhor, e de ter, todos os dias da sua vida esse braço direito, não só no sentido figurado, mas no literal, pesando sobre sua cintura.