sábado, outubro 22, 2005

Silêncio coração!

o cansaço é tanto que não me deixa dormir
deve ser esse barulho ensurdecedor
mas afinal, de onde ele vem?
são elas, de novo...
... as batidas do meu coração
o corpo inteiro pulsa, vibra, no mesmo ritmo
mesmo imóvel, sozinho, no escuro
meu pensamento busca consolo
aonde mais, senão em você...

quarta-feira, outubro 19, 2005

Contradição

"É claro que te amo
e tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste..."

Vinicius de Moraes

sexta-feira, outubro 07, 2005

São Franciso

No começo desta semana, senti uma inexplicável vontade de reler a oração de São Francisco (que reproduzo logo mais, abaixo), texto que acho lindo em todos os sentidos, embora eu não seja nada religiosa.

Agora, lendo um artigo na Folha de S.Paulo, descubro que no dia 4 de outubro, última terça-feira, comemorou-se o dia desse santo.

Consegui recuperar o email com a oração que mandei pra mim mesma, depois de tê-la achado na internet. Minha intenção era lembrar do dia em que a tal vontade me bateu. Foi no dia 4.

Talvez eu tenha ouvido algum comentário no metrô, na rua ou na televisão, que me passou despercebido, mas que ficou gravado como uma mensagem subliminar no meu inconsciente. Os psicólogos e os publicitários explicam.

Talvez seja um aviso divino, querendo me dizer que esse negócio de zen budismo não é a minha praia (depois de ter participado de um retiro zen yoga, no último final de semana). Ou mais ainda: que o verdadeiro canal de conexão com o supremo está, na verdade, dentro de nós e que o papel de todos esses mestres da cultura da paz, de Jesus Cristo a Gandhi e Dalai Lama, independente da doutrina ou militância política que representam, seja a de apenas nos orientar nessa busca coletiva ou individual. Nossa, como eu estou sensível ultimamente!

Mas essa história da oração de São Francisco é, no mínimo, curiosa!

Senhor,
Fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre,
Fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado;
compreender que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.
Amém.