quinta-feira, junho 30, 2005

"não quero ser triste
como o poeta que envelhece
lendo Maiakóvski
na loja de conveniência
não quero ser alegre
como o cão que sai a passear
com o seu dono alegre
sob o sol de domingo
nem quero ser estanque
como quem constrói estradas
e não anda
quero no escuro
como um cego tatear estrelas distraídas"

Zeca Baleiro, trecho da música "Minha casa"

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Êêêê!!! Ela atualizou o blog !!!
Adoro Zéca Baleiro.
Vc esta cheia das músicas, né ?
Beijos

01 julho, 2005  
Anonymous Anônimo said...

Pobre Maiakovski, na mão do Zeca Baleiro. Ninguém lê o magnifico Maiaka para envelhecer e ficar triste. O grande poeta (que precisa ser lido pelo Zeca) bate o tambor da palavra como ninguém. Como ele escreveu no seu clássico, A Plenos Pulmões, o poema maior de todos os tempos: "Meu verso rompe o moinho dos anos, e assoma a olho nu, palpável, bruto, como a nossos dias chega o aqueduto levantado por escravos romanos."

07 setembro, 2005  

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