domingo, junho 19, 2005

Salve Cartola!

Acabei de ter uma grata surpresa. Descobri que meu irmão, figura maravilhosa que eu amo, mas pessoa de gosto musical por vezes duvidoso, baixou no Kazaa músicas do Cartola. Em homenagem a ele e à sua capacidade de me surpreender sempre, reproduzo a letra da linda "Peito vazio":

Nada consigo fazer
Quando a saudade aperta
Foge-me a inspiração
Sinto a alma deserta
Um vazio se faz em meu peito
E de fato eu sinto
Em meu peito um vazio
Me faltando as tuas carícias
As noites são longas
E eu sinto mais frio
Procuro afogar no álcool
A tua lembrança
Mas noto que é ridícula
A minha vingança
Vou seguir os conselhos
De amigos
E garanto que não beberei
Nunca mais
E com o tempo
Essa imensa saudade que sinto
Se esvai

4 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Hehe...esse blog esta cada dia melhor. Acho que minha amiga Luciana descobriu que a essência esta nos sentimentos mais sinceros, ainda que simples e , por vezes, ridículos.
Ás vezes escrevemos algo e pensamos :" que lixo! " ou "isso é só mais um clichê". Lula, nada disso importa. Mais vale a sua sinceridade com as palavras que fogem do seu controle do que textos pré idealizados e sem a naturalidade que é essencial para nossas vidas.
Beijos, adoro passar por aqui !!

20 junho, 2005  
Blogger Luciana Félix said...

Ah, então quer dizer que isso aqui tá um lixo? hehehehehe, brincadeira. Rô, obrigada por ser minha leitora fiel. Sua opinião é valiosíssima e muito importante pra mim, minha futura sócia. Adorocê!! beijos, Lu

20 junho, 2005  
Anonymous Anônimo said...

Cartola, Cartola!!! Talentoso poeta do morro da Mangueira que somente veio a fazer sucesso aos 69 anos. Feliz foi dona Zica que o descobriu bem antes. Tomo a liberdade de escrever uma música cantada por Wilson Simoninha em homenagem a essa pérola do samba:
Os óculos escuros de Cartola
"Uma lente negra proteje os olhos
Dando chance a outros pontos de vista
Poesia mantida, poesia cantada
Poesia pichada como consequencia de vida
Pra que a raiva não nos forme
No mesmo peso e medida
O povo pobre faz da arte, história
Como os óculos escuros de Cartola

Eu ouço o eco dessa hora
Sensibilidade a toda prova
Foi-se o corpo, foi-se o cansaço
Só não foi embora a necessidade de ser leve apesar de tanto peso nas costas
Como cerveja gelada depois da obra
Verdade sem moda
Como os óculos escuros de Cartola"

Parabenizo-os por manter acessa a chama de uma das essências do samba.
Para o seu irmão um abraço e pra vc, é claro, um beijo, um abraço e um cheiro.
Frank

21 junho, 2005  
Blogger Luciana Félix said...

Ah Frank, meu gaitista preferido. Suas palavras são uma grande contribuição para esse humilde blog. Que bom que está sempre aqui. Junto com a Roberta, vc forma a dupla mais assídua desse espaço, rs.
um beijo, um abraço e um cheiro pra vc tb.

21 junho, 2005  

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